sábado, 28 de maio de 2016

Pelo fim da cultura do estupro


Uma mulher vítima da barbaridade cometida por trinta homens. Uma mulher sendo expostas por quem a abusou em redes sociais. Uma mulher machucada,desacordada, comentários cruéis e machistas, e o que tanto choca é o que muitos pensam, falam ou simplesmente torna-se este fato invisível perante seus olhos.

Por dia centenas de mulheres sofrem violência sexual. Muitas são assassinadas, e as que sobrevivem, carregam as cicatrizes na alma, as dores e pesadelo do que viveu. E que tanto causa assombro são as justificativas de alguns crápulas e de alguns detentores da "moral e do bons costumes" que culpam a mulher por ter causado seu próprio estupro. Vestir mini saia, vestidos curtos ou decotados, shorts ou roupas justas não significa que o homem tenha direito de violentar uma mulher. Justificativas estúpidas. Entendam,a mulher tem o direito de andar e ocupar o espaço que ela quiser.

Joana, 19 anos, cearense, amava usar roupas curtas,estudante, foi estuprada por dois homens. As vizinhas diziam que ela era "dada" e atraiu seus agressores.

Ana, 24 anos, capixaba, usava roupas comportadas, era recatada e do lar, foi estuprada pelo seu vizinho.

Reparem que não existe um fator determinante para a mulher sofrer violência sexual. O preconceito de cada dia continua vitimando inúmeras mulheres. É cômodo não sofrer com a dor do próximo, e é monstruoso ridicularizar ou condenar uma vítima.

Que todas os agressores possam ser punidos, que todas as vítimas recebam amor e que esta cultura do estupro, um dia chegue ao fim.

Que a violência contra a mulher seja mais combativa e denunciada. Que as penas sejam mais severas, boicotes as músicas que difamam a mulher. Foram tantas lutas para a mulher adquirir direitos e, a luta segue por espaços nesta sociedade machista, preconceituosa e por tantas vezes arcaica.

Por Ana, Maria, baianas, cariocas, paulistas, por aquelas que ficaram invisíveis pela sociedade, pelo direito ao usarmos o que queremos sem ser julgadas, por todas as mulheres deste planeta,pelo nosso corpo, exigimos respeito.

Não é somente pela jovem carioca de 16 anos, é por todas aquelas que foram humilhadas e vítima de tamanha barbaridade.

Nossa voz deve representar aquelas que já foram silenciadas por toda a brutalidade que ainda existe neste mundo.

Mulheres do mundo todo, unamo-nos!
Su Ferraz

Nenhum comentário:

Postar um comentário