segunda-feira, 2 de maio de 2016

É maio! É o mês do Divino!

O frio chegou, trazendo os primeiros sinais do mês que se inicia. Maio não é um mês qualquer para os poçoenses, é a época em que uma festa é transformada em emoção, recordação, simbolismo, a fé e o frio dividem lugar com a expectativa de uma festa centenária. É o mês do Divino Espírito Santo!
É o período em que os devotos reservam para agradecer pelo ano vivido, destinado também as preces e promessas. É o momento em que os devotos, que aqui caminham, juntos se juntam a memória dos que partiram e de certa forma, louvam conosco. A cidade vive um clima diferente e, mesmo diante de tantos problemas que a população enfrenta, a esperança em dias melhores surge quando o hino ao Divino é entoado “Deus vos salve esse devoto /Pela esmola em vosso nome /Dando água a quem tem sede /Dando pão a quem tem fome, ai, ai/ A bandeira acredita/Que a semente seja tanta/Que essa mesa seja farta/Que essa casa seja santa, ai, ai /Que a fé seja infinita /Que o homem seja livre /Que a justiça sobreviva, ai, ai / /A bandeira segue em frente/Atrás de melhores dias”. As dificuldades, sofrimentos, dor não abalam a fé de um devoto porque ela é infinita. Diante do desânimo e medo que afligem os brasileiros, a música permite que acreditemos em justiça e um futuro melhor para se viver.
Que assim como os devotos, nossa fé seja renovada constantemente.
Flores e lágrimas, fé e emoção, diversão e música, frio e devoção: é a festa do Divino ou Festa de Pentecostes dando seus primeiros sinais. Quantos aguardam ansiosamente o estourar dos fogos anunciando que a Festa começou? O barulho dos cavalos no decorrer da chegada das Bandeiras já pode ser sentido na memória. De quem ficou, emoção; de quem se foi, saudade doída. As cores das bandeiras, o beijo coberto por lágrimas no estandarte. Para o povo, não é apenas uma bandeira é um símbolo da fé, momento de alimentar-se espiritualmente e deixar a emoção falar mais alto.
É Festa do Divino! Momento de admirar os artistas da cidade, aconchegar-se em meio a multidão que assiste as apresentações musicais no palco principal, prestigiar a Mostra Cultural, voltar a ser criança e se divertir nos parques e descobrir ou recordar o que é tradição. Em 2016, de forma especial,devemos conscientizar de toda a crise que nos afeta, crer que a transformação de uma cidade depende de todos nós, e como está escrito no hino, que a água nunca nos falte porque temos sede do líquido e também de melhorias, principalmente para os menos favorecidos.
A festa é mágica! Podemos vivenciá-la por uns cinquenta anos e sempre terá uma emoção diferente. Este ano, recordo de tantos devotos que acordavam cedo para enfeitar suas moradias no dia da Chegada das bandeiras, acordavam eufóricos com os estouros dos fogos nas alvoradas e no sábado, demonstravam sua fé na busca ao mastro, renovavam suas promessas e com lágrimas e entoavam o hino e já não estão mais por aqui, foram vivenciar sua fé no plano celestial. É época dos devotos espalhados pela dimensão terrestre, se juntarem espiritualmente para saudar o Divino.
Divino, renovai a nossa fé e proteja-nos dos males! Como eu sempre digo, depois que a bandeira passa, a vida é mais alegre e a fé é renovada.
Fé, esperança renovação! É a Festa do Divino!
Bem-vindo, maio!

Suerlange Ferraz

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