quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Contos da rua




Há alguns dias, eu estava deliciando-me em palavras com uma colega, quando surgiu um andarilho. Um cara jovem, alegre, vencido e destruído pelo alcoolismo. Ele se aproximou, deu uma risada e começamos a conversar. De repente, surgiram duas figuras, duas mulheres. Uma muito alegre, ria de tudo e a outra eu diria um tanto amarga, resmungona, uma mulher que carrega as dores e feridas de uma vida marcada pela exclusão de uma sociedade que não visualiza os exclusos da sociedade.
Por alguns segundos, eu fiquei me perguntando quem seriam aquelas figuras.
Uma delas gentilmente me chamava de fofinha.
A outra, com uma expressão amarga me chamava de sujeita.
E o rapaz, olhava para mim e dizia para as mulheres “ta vendo aí, é gente boa, viu?”.
Me surpreendi quando ele falou, “essas aí são minhas muié”.
A princípio, eu fiquei muito surpresa e depois refleti um pouco:
Os três vivem juntos,
Vagam pela cidade, sem um lugarzinho fixo
Alimentam-se das migalhas oferecidas por alguém
São motivos de piadas e violência
São privados de uma vida digna
Por muitas vezes são privados de sonhos
Mas não são privados da felicidade
E por incrível que pareça
Eles amam
Um amor que eu não sei explicar
Um homem feliz, uma mulher sorridente e outra mulher carrancuda
Três vidas, um triângulo amoroso
Três seres e um amor
Três pessoas e uma realidade
E eu tão descrente no amor, percebi que
O amor pode surgir em qualquer viela
Em qualquer meio social
Mas para que ele aflore é preciso que façamos do nosso coração o lugar mais puro e singelo do mundo.

Rascunhos elaborados durante as andanças pela praça.


Sú Ferraz

sábado, 8 de janeiro de 2011

Aos futuros universitários






Tempo de aprender e [re] aprender,
Tempo de sonhos e algumas utopias, rsrsrs
Tempo de adquirir mais conhecimento e emprestar sabedoria
Tempo transformações
Um tempo prazeroso e doloroso
É assim a vida de um universitário
Cansaço, correria, brincadeiras, novas amizades, novas descobertas
E serão anos inesquecíveis em sua vida
Você aprendera muito
“porque aprender dói"
mas é uma dor gostosa
Enfim, parabéns por essa conquista
Força e coragem
Fé e determinação
E a cada obstáculo lembre-se " A determinação deve ser mantida a cada obstáculo.”

Sú Ferraz

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Um aperto de mão




Vestida com a cor da paixão
Com a alma enfeitada de alegria
Com os sonhos e desejos aguçados
Com o sorriso de menina-muleca estampado na face
Com as resenhas de cada dia
 Com os amigos, essência da vida
E com o encontro de duas mãos,
Que formaram um encontro [des] necessário de dois corpos
Proporcionando um singelo aperto de mão
A [perto] de mãos que simbolizaram
Desejos de um ano feliz
De vibrações positivas
Em minhas mãos ficaram a essência e a vibração contida nas mãos em que eu apertei
Os primeiros dias do ano
Resumiram-se em risos, resenhas, amigos, desejos, abraços, encontros, [des] encontros
E infinitos apertos de mãos

Sú Ferraz