sexta-feira, 6 de março de 2015

Saudade



Finda a tarde e chega a saudade.
O vento sussurra palavras encharcadas de sentimentos.
O coração dói, e na memória um filme sem ter hora para acabar.
Lembranças que fazem a gente rir, chorar e sonhar.
Será possível sentir saudade do que você não viveu?
Às vezes , eu creio que sim.
Saudade de ter tocado os lábios de um alguém especial.
O vento trás o perfume dos amados.
Saudade dos bons amigos que distanciaram-se apenas fisicamente, mas que fazem morada no coração e na memória de quem os ama. Saudade da fartura de risos e prosas, brincadeiras e até dos sermões.
Saudade que vira lágrimas, que vira desejo, que vira inspiração, que vira poema.
Saudade é coisa matadeira.
Saudade é coisa de gente que ama e sente falta.
Saudade é o desejo de reencontrar, de ter e jamais esquecer
Saudade é não livrar-se do que deu errado, mas lembrar-se sempre dos erros passados para tentar acertar no presente. Um amor não vivido é uma das melhores saudades, fica dentro de cada um, dentro do aconchego do coração.
Saudade dos abraços apertados, dos amores roubados e dos dias ensolarados.
Saudade da fartura de risos e do aconchego em forma de palavras.
Saudade de viver como uma menina sonhadora e que desbrava sem temor um novo caminho.
Que a saudade sempre apareça em um finzinho de tarde ou no sereno noturno.
Que ela venha e consiga arrancar-me doces risos ou lágrimas.
Lembranças de quem partiu para alegrar o céu ou de quem trilhou novos rumos
Ah, dona saudade! Acordei e vou dormir com a senhora martelando meu coração e revirando meus pensamentos.


Suerlange Ferraz