sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Recomeçar




Não importa onde você parou …
em que momento da vida você cansou…
o que importa é que sempre é possível e necessário “Recomeçar”.
Recomeçar é dar uma nova chance a si mesmo…
é renovar as esperanças na vida e o mais importante…
acreditar em você de novo…
Sofreu muito nesse período? Foi aprendizado.
Chorou muito? Foi limpeza da alma.
Ficou com raiva das pessoas? Foi para perdoá-las um dia.
Tem tanta gente esperando apenas um sorriso seu para “chegar” perto de você.
Recomeçar…
hoje é um bom dia para começar novos desafios.
Onde você que chegar?
Ir alto… sonhe alto…
queira o melhor do melhor…
pensando assim trazemos pra nós aquilo que desejamos…
Se pensarmos pequeno coisas pequenas teremos ….
Já se desejarmos fortemente o melhor e principalmente lutarmos pelo melhor, o melhor vai se instalar em nossa vida.
“Porque sou do tamanho daquilo que vejo, e não do tamanho da minha altura.”

Carlos Drummond de Andrade

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Frio, chá e música






Dias com o aspecto nostálgico,
Céu decorado por nuvens escuras,
A sensibilidade torna-se mais tocante,
Tempo propício a reflexão,
Os rabiscos estão soltos pelo ar ou presos a folhas,
Um gostinho de saudade bate forte em meu coração,
A música fez-me um convite, ela quer embalar minhas emoções,
O barulhinho do vento, a fragilidade, o medo, a tristeza e a esperança, compõem os versos da minha trilha sonora para os dias de frio
E dentro do meu refugio, ao som de Los Hermanos e acompanhada por uma xícara de chá,
Tento aquecer o meu ser,
E acalentar meu viver.


Sú Ferraz

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

O novo






Cheirinho de flores pelo ar,
Casa arrumada,
Felicidade dominando o território,
Sorrisos cheios de ternura,
Fé no que há por vim,
Sonhos de um mundo mais harmônico,
Sol, calor e cor
É setembro,
É tempo de plantar coisas mágicas,
Hoje o dia amanheceu mais bonito,
O céu está tão azulzinho,
O sol gargalhando pela felicidade daqueles que aprenderam a transmitir alegria.
A noite, as estrelas apareceram para iluminar o céu dos sonhadores,
Tudo mudou,
Ela acabou de chegar,
Quem chegou?
A primavera.



Sú Ferraz

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Minha inspiração



Brisa leve,

Uma gota caindo do céu,

Gargalhadas,

Cores,

Amigos,

Fantasias,

Sonhos,

Desilusões,

Amor e [des] amor,

Imaginação,

Cheiro,

Saudade,

Dor,

.........................................

Juntei tudo isso e mais um pouco,

Procurei fazer trocadilhos com a vida,

Viajei por nuvens coloridas e tempestades,

Nadei contra o marasmo,

Tive dias de maresia e outros de tormentos,

Do suspirar, um verso,

Do amor, uma canção,

Do viver, uma arte.


Sú Ferraz

domingo, 18 de setembro de 2011




A Dor


Em o horror desta muda soledade,
Onde voando os ares a porfia,
Apenas solta a luz a aurora fria,
Quando a prende da noite a escuridade.
Ah, cruel apreensão de uma saudade!
De uma falsa esperança fantasia,
Que faz que de um momento passe a um dia,
E que de um dia passe à eternidade!
São da dor os espaços sem medida,
E a medida das horas tão pequena,
Que não sei como a dor é tão crescida.
Mas é troca cruel, que o fado ordena;
Porque a pena me cresça para a vida,
Quando a vida me falta para a pena. 
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Gregório de Matos

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Palavras
Chegam ao ouvido, e viram música Diante dos olhos, são poesias Dançam, Saltitam, E como brisa leve, Enche de esperança Aqueles que as lêem Palavras... Tão somente palavras Palavras carinhosas que colorem a alma, Que brindam a vida e gera amizades Palavras cheias de ternura são capazes que preencher algum vazio no espaço sagrado, O Coração. Te mando palavrinhas cheias de ternura e coragem. Sú Ferraz
Setembro
Primavera chegando Esperança renovando Essência de rosa no ar Estação propicia para amar Que setembro seja mais doce que agosto, Que os dias possam ser mais perfumados do que as flores Que o sol ilumine a vida dos descrentes Que a vida ganhe mais gotinhas de felicidade E que setembro espalhe esperança nos corações desiludidos Um doce setembro para todos. Sú Ferraz

domingo, 4 de setembro de 2011






Sabe, acho que ninguém vai entender. Ou se entender não vai aprovar. Existe em nossa época um paradigma que diz: enquanto você me der carinho e cuidar de mim, eu vou amar você. Então, eu troco o meu amor por um punhado de boas ações. Isso a gente aprende desde a infância: se você for um bom menino, eu vou lhe dar um chocolate. Parece que ninguém é amado simplesmente pelo que é, por existir no mundo do jeito que for, mas pelo que faz em troca desse amor. E quando alguém, por alguma razão muito íntima, corre para bem longe de você? A maioria das pessoas aperta um botão de desliga-amor, acionado pelo medo e sentimentos de abandono, e corre em direção aos braços mais quentinhos. E a história se repete: enquanto você fizer coisas por mim ou for assim eu vou amar você e ficar ao seu lado porque eu tenho de me amar em primeiro lugar. Mas que espécie de amor é esse? Na minha opinião, é um amor que não serve nem a si mesmo e nem ao outro.

Eu também tenho medo, dragões aterrorizantes que atacam de quando em quando, mas eu não acredito em nada disso. Quando eu saí de uma importante depressão, eu disse a mim mesma que o mundo no qual eu acreditava deveria existir em algum lugar do planeta. Nem se fosse apenas dentro de mim… Mesmo se ele não existisse em canto algum, se eu, pelo menos, pudesse construi-lo em mim, como um templo das coisas mais bonitas em que eu acredito, o mundo seria sim bonito e doce, o mundo seria cheio de amor, e eu nunca mais ficaria doente. E, nesse mundo, ninguém precisa trocar amor por coisa alguma porque ele brota sozinho entre os dedos da mão e se alimenta do respirar, do contemplar o céu, do fechar os olhos na ventania e abrir os braços antes da chuva. Nesse mundo, as pessoas nunca se abandonam. Elas nunca vão embora porque a gente não foi um bom menino. Ou porque a gente ficou com os braços tão fraquinhos que não consegue mais abraçar e estar perto. Mesmo quando o outro vai embora, a gente não vai. A gente fica e faz um jardim, qualquer coisa para ocupar o tempo, um banco de almofadas coloridas, e pede aos passarinhos não sujarem ali porque aquele é o banco do nosso amor, do nosso grande amigo. Para que ele saiba que, em qualquer tempo, em qualquer lugar, daqui a não sei quantos anos, ele pode simplesmente voltar, sem mais explicações, para olhar o céu de mãos dadas.

No mundo de cá, as relações se dão na superfície. Eu fico sobre uma pedra no rio e, enquanto você estiver na outra, saudável, amoroso e alto-astral, nós nos amamos. Se você afundar, eu não mergulho para te dar a mão, eu pulo para outra pedra e começo outra relação superficial. Mas o que pode ser mais arrebatador nesse mundo do que o encontro entre duas pessoas? Para mim, reside aí todo o mistério da vida, a intenção mais genuína de um abraço. Encontrar alguém para encostar a ponta dos dedos no fundo do rio – é o máximo de encontro que pode existir, não mais que isso, nem mesmo no sexo. Encostar a ponta dos dedos no fundo do rio. E isso não é nada fácil, porque existem os dragões do abandono querendo, a todo instante, abocanhar os nossos braços e o nosso juízo. Mas se eu não atravessar isso agora, a minha escrita será uma grande mentira, as minhas histórias serão todas mentiras, o meu livrinho será uma grande mentira porque neles o que impera mais que tudo é a lealdade, feito um Sancho Pança atrás do seu louco Dom Quixote. É a certeza de existir um lugar, em algum canto do mundo, onde a gente é acolhido por um grande amigo. É por isso que eu tenho de ir. E porque eu não quero passar a minha existência pulando de pedra em pedra, tomando atalhos de relações humanas. Eu vou mergulhar com o meu amigo, ainda que eu tenha de ficar em silêncio, a cem metros de distância. Eu e o meu boneco de infância, porque no meu mundo a gente não abandona sequer os bonecos que foram nossos amigos um dia.

Agora em silêncio, ensinando dragões a nadar.

.Rita Apoena