sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Queridos!

O final do ano letivo chegou e com ele a certeza de dever cumprido. Sempre acreditei que a escola é lugar de formar ciclos valiosos de amizade. A escola não serve apenas para ensinar conteúdos, mas é um lar que nos abriga durante anos. No próximo ano,vocês serão convidados a desbravar outro universo escolar, muitos de vocês irão se separar e isso causará uma dor porque o coração chora com a ausência de quem amamos. Mas a distância também fortalece os verdadeiros elos de amizade porque “amigo é coisa pra se guardar debaixo de sete chaves, dentro do coração”.
Faz dois anos que eu convivo com vocês. Lembro da minha primeira aula com essa turminha do barulho (rsrsr). O desejo de conhecê-los superou o medo de uma professora novata. Aprendemos juntos a vencer algumas indiferenças, superar os medos e vencer os obstáculos.
Nunca quis e não quero ser uma professora chata, mesmo sabendo que às vezes eu fui. Sempre procurei ir além do que os livros possam ensinar, procurei mostrar a cada um que é preciso olhar um mundo com ternura, desfazer os preconceitos e superar os medos. Tenho certeza de que os novos caminhos que vocês trilharão, serão de novas descobertas e amadurecimento. Vocês vão crescer em tamanho e conhecimento, será um tempo de “ aceitar que todo erro vira aprendizado, rir de tudo o que já te fez chorar, entender que nada é pra sempre, saber reconhecer seus erros e se desculpar por eles”
Acredito que cada pessoa que encontramos pelo nosso caminho, sempre deixa algo em nós. Sou grata por ter conhecido cada um. Vocês sempre terão um lugarzinho especial em meu coração. Obrigada por existirem e por terem deixado fazer parte de uma pedacinho da vida de vocês.
O professor não apenas ensina, mas ele também aprende com o aluno. Aprendi que por maiores que forem os obstáculos, a vontade e a força em superá-los faz de uma pessoa, um campeão ( Bruno e Pedro),que amigos são inseparáveis no jogo, na sala e nas conversinhas ( Matheus, Paulo Otávio, Guilherme, Antônio Daniel, Paulo Matheus e Hygor). Aprendi a admirar a ternura, delicadeza e dedicação(Flavinha, Dany, Natan, Maria Luíza( Malu) e Larissa), a cumplicidade entre Geovania e Yasmim. É preciso que o mundo escute a voz de pessoas talentosas, não é mesmo Aninha? (Acho que é por isso que você ama conversar rsrsr). A menina Manu, delicada e carinhosa. As meninas que demonstram gentileza através dos pequenos gestos ( Gabi, Maria Luiza ). Kayla, inteligente e dedicada. Aprendi que pessoas quietas possuem mentes barulhentas (Cauã, Luiz, Caio, Pedro Antônio, Maria Virginia e Paulo Ricardo).
Chegou à vez de nos despedirmos da escola, dos professores, colegas e amigos. Sentirei (falta) das manhãs que passamos juntos, das brincadeiras,de cada um dando “Bom dia, tia Su!”. Vou pegar no pé de quem no ano que vem, Matheus? ( risos). Não terei mais a companhia do anjinho da sala (Paulinho). Quem vai disputar a cadeirinha branca, Hygor, Lari, Kaylinha e Manu? São pequenos momentos que fará falta.
Na escola, vocês aprenderam valores para toda uma vida, construíram amizades e levaram lembranças de anos na bagagem. Nunca se esqueçam que “Ter amigos, é como arvorear: lançar galhos, lançar raízes... Para que o outro quando olhar a árvore, saiba que nós estamos ali... Que nós permanecemos para fazer sombra, para trazer ao outro, um pouco de aconchego que ás vezes ele precisa na vida”
Meus queridos, vocês serão capazes de sacudir o mundo (Planeta), mas primeiro é preciso sacudir o mundo que existe dentro de cada um. Que a felicidade reine na vida de cada um, que ela esteja nas coisas mais simples da vida porque “A felicidade não se encontra nos bens exteriores”.
Palavras árduas ferem e magoam, peço desculpas por ter dito palavras duras e que por ventura tenha magoado alguém.
Desejo muito sucesso e uma vida recheada de felicidade. Peço a Papai do céu que continue iluminando cada passo de vocês.
Façam a diferença neste mundo! Sejam felizes e lutem pelos seus sonhos, mesmo que eles pareçam impossíveis, lutem e conquistem os seus objetivos. Estarei na torcida por todos.
Obrigada por todos os momentos, mesmo que nem todas as manhãs tenham sido doces, mas todas foram de partilha e aprendizado. Encontraremo-nos pelos caminhos da vida.
Até breve!
Afetuosamente,

Tia Su




terça-feira, 18 de novembro de 2014

Consciência Negra


Hoje é dia de celebrar a data escolhida como Dia da Consciência Negra. Data destinada a reflexões sobre o papel do negro em uma sociedade em que há raízes maléficas do preconceito racial e intolerância as religiões de matriz africana. É dia relembrar os milhares de negros africanos que foram arrancados de suas terras, trazidos em um navio e escravizados em terras distantes, tantos que morreram ao longo da viagem, outros inúmeros negros morreram pelo
cansaço, dores, fome e maus tratos.
O Dia da Consciência Negra não é um dia de ressentimentos. É o dia de analisarmos o que é ser negro em um país que padrão de beleza é ter cabelos lisos, olhos azuis e pele clara. Um país que tem que criar leis como a cota racial para que o negro tenha acesso a Universidade. No campo acadêmico,somos poucos.
O que falar sobre o preconceito referente ao padrão de beleza construído em torno do negro. Cabelos volumosos são duros e feios e as frequentes frases “Ei! Por que você não alisa esse cabelo?” ou “ Você fica linda com o cabelo escovado”, são frases constantes na rotina de uma mulher que resolveu não se adequar ao padrão da moda. A mesma coisa acontece com os homens que aderem ao Black Power ou as tranças.
Ser negro no Brasil é viver driblando os olhares de desconfiança de algumas pessoas. É ter coragem de assumir sua beleza, mesmo que ela soe como feiura para alguns.
O dia é para celebrar as lutas diárias, professar a fé em qualquer que seja a religião. É momento de fazer memória aqueles que lutaram em prol da “liberdade” do povo negro, momento de saudar a tantos guerreiros que estão espalhados pelas vielas, vilarejos, cidades do país e acreditam em dias mais suaves.
Hoje é dia de celebrar a beleza e resistência, também é dia de manifestar contra o racismo, pedir punições mais severas a quem ainda pratica esse tipo de crime. Dia de pedir liberdade aos cultos realizados pelas religiões de matriz africana. A minha fé não é diminuída quando eu aceito e respeito a fé do outro.
O novembro é negro e eu quero passar com minha cor. Que a força de Zumbi dos Palmares esteja com todos os guerreiros negros deste país. Que a fé em um país mais justos não morra. Que Deus, orixás, forças positivas... estejam guiando os passos do que lutam por dias de paz.
Que possamos ser respeitados em qualquer lugar.
Viva Zumbi dos Palmares!
Viva os negros e negras que constroem e transformam este país!
Axé!

Suerlange Ferraz

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Dia do professor!


Para alguns uma data qualquer, para outros, é o dia de homenagens, recordações para o profissional que luta diariamente para a valorização do ser humano e para um país com menos desigualdade no âmbito educacional.
Profissional que luta diariamente contra os baixos salários, contra a falta de respeito de muitos alunos, ameaças, indisciplina, salas super lotadas, escassez de recursos didáticos.
Profissionais que, na teoria, são valorizados, mas, na prática, as coisas são bem diferentes.
Se a educação fosse tão valorizada, professor não precisaria ir às ruas para cobrar um aumento salarial. Não haveria a necessidade de paralisações ou greves. E o que dizer de muitos professores que foram espancados por lutarem por um reajuste salarial? Lutar por um direito é ser confundido com um bandido.
Quantos profissionais da educação são desrespeitados por alunos que não foram educados em casa ou por pais que “acobertam” os erros dos filhos. Pais, a educação vem de casa. O professor poderá ensinar tudo o que uma disciplina exige, mas não poderá ensinar princípios básicos que se aprendem no seio familiar.
Alunos, por favor, respeitem mais os professores. Para quem não sabe, um professor que é comprometido com a educação, passa anos e anos estudando, passa horas elaborando aulas, corrigindo avaliações. Tantos profissionais não conseguem dormir preocupados com problemas de alguns alunos. A sociedade cobra que os professores atuem como psicólogos, assistentes sociais... mas se esquecem de que não ganhamos e nem somos formados para exercer tais funções. O governo cobra inclusão, mas não prepara os educadores para trabalharem com crianças que necessitam de uma atenção especial. Querem que o professor prenda a atenção de um aluno que não se alimentou corretamente devido à precariedade em que vive.Mas alguém investe em um lanche de qualidade?
“A base de toda conquista é o professor/ a fonte de sabedoria, um bom professor/ Em cada descoberta, em cada invenção/ todo bom começo tem um professor.” Se a base de tudo é o professor por que a classe é tão desvalorizada? Fico feliz quando vejo profissionais que lutam diariamente para que o aluno tenha uma boa formação. Lecionar é uma arte que ajuda na edificação de uma sociedade.
Que o dia 15 de outubro- Dia do Professor não fique só como símbolo, mas que cada cidadão tenha consciência da importância desse profissional para a sociedade.
E seria injusto não agradecer a parcela da sociedade que reconhece o valor deste profissional. Obrigada!
Feliz dia do Professor!


Professora Suerlange Ferraz

quinta-feira, 17 de julho de 2014

“Des-fazendo”

“Des-fazendo”



Celebrar a vida é a oportunidade de refletir sobre tudo que foi ofertado pelo Criador. É momento de agradecer pelos momentos até aqui vividos e suplicar para que os que virão sejam repletos de sabedoria.
Celebrar a vida é agradecer por todo o ciclo de vivências. Agradecer pelos bons e maus momentos da vida. O que passa pela travessia da vida sempre deixa lições. Das dores, desejos de cura; da alegria, desejo que ela perdure longamente.
Aniversariar é “des-fazer”. Desfazer da velha idade e iniciar o novo ciclo que tem data prevista para terminar daqui a uns 365 dias. Hoje desfaço de um ciclo, árduo e ao mesmo tempo delicioso.
Tenho tido a oportunidade de celebrar a beleza do amor, espalhado por aonde eu vou e pelo que eu faço e vivo, nas pessoas com quem eu convivo e na beleza dos dias.. Aprendo constantemente que mesmo que a verdade doa, ela sempre deve prevalecer. O tempo tem tentado me ensinar a ser mais prudente, a confiar em poucos, reclamar menos e tantas outras coisas. O tempo tenta, mas eu sou um tantinho teimosa.
Hoje é dia de celebrar alguns aninhos. Havia planejado um montão de coisas para a minha idade nova, mas meus planos foram diferentes dos de Deus. Hoje eu tenho que agradecer a vida por ser tão generosa comigo, aos bons velhos e novos amigos, com os quais eu tenho a oportunidade de desfrutar bons e agradáveis momentos, a família por permitir que eu voe o mais alto que eu puder e as minhas convicções. Agradeço as belezas da vida, a cada raio de sol que adentra o meu quarto, a brisa da madrugada que embala meu sono, as crenças que permitem que eu enxergue bem mais do que os meus olhos possa ver. Agradeço os versos soltos pelo ar que compõe a trilha musical de toda uma vida.
Tenho aprendido diariamente que a felicidade não provem de belas teorias. A felicidade vem das coisas simples, dos sorrisos após as tempestades, da alegria de celebrar a vitória de alguém. A felicidade está na face dos que aprendem diariamente o quão é bom ser solidário, mas solidário sem alardes.
Que a sinceridade preencha os campos onde há concentração de pessoas que utilizam máscaras para tentar agradar o próximo. Revolucione! Tire suas máscaras e permita viver de verdade. Pouco importa se alguém não te aceitará com os defeitos, mas é melhor criar raízes pelo que temos de melhor, do que fingir ser outra pessoa por status e para ser querido e agradar.
A vida sempre permite tirar das dores, um aprendizado. A vida dispensa teoria e exige de cada um uma prática capaz de sacudir o mundo “eu” para abalar o mundo ‘nós”.
Agradeço imensamente a Deus por ser tão presente em mim, mesmo quando eu seja tão distante dele. Ele me compreende e sabe das minhas lutas diárias. Hoje não será um dia normal. Lógico que não, porque é meu aniversário (risos). Obrigada aos tantos que se lembrou de mim. Obrigado pelo desejo de dias melhores, felicidade e saúde. Agradeço aos que dividem algumas horas do dia comigo (colegas de trabalho, alunos, colegas, amigos, vizinhos, família...). Obrigada ao tempo pela singela dos dias.


Desfaço para refazer-me em um novo ciclo que se inicia.


Suerlange Ferraz

domingo, 22 de junho de 2014

“Cabelo, cabeleira, cabelaça “


















Um belo dia resolvi mudar! Resolvi fugir do barulho atordoante do secador ou do medo de uma gota d’água estragar o cabelo alisado. Mudei! Dei adeus ao cabelo liso e deixei as raízes falarem mais alto, ou melhor, se manifestarem. Os cachinhos assumiram o lugar dos fios alisados, o domado, agora é algo que tem vida própria. Tem dias que ele está comportado, já em outros, é uma explosão e alegria e rebeldia.
Infelizmente nem todas as mudanças são bem-vindas! Alguns comentários do tipo “cabelo de vassoura, cabelo inchado”...” ou expressões “ Credo! Por que você fez isso com seu cabelo?”, “ O seu cabelo escovado era muito mais bonito” e fora outros adjetivos atribuídos ao meu novo visual.
Até certo ponto eu achei graça, mas depois de uma breve reflexão pude analisar a forma e a proporção que o preconceito aparece. Infelizmente, o preconceito é difundido no seio familiar e vai se expandindo. É normal uma criança de sete anos rir do cabelo ou da cor da pele de um coleguinha? Creio que não, mas se ele rir e um adulto acha graça, a criança sempre repetirá e consequentemente no futuro poderá repetir o mesmo ato, mas de uma forma mais grosseira e muito mais preconceituosa. Alguns males podem e devem ser cortados na infância. As diferenças estão espalhadas por todos os cantos do universo, ninguém precisa aceitar, mas deve respeitar. E o respeito começa dentro de casa e é ensinado pelos primeiros educadores, os pais.
Adotar uma cabeleira não é tarefa fácil, exige personalidade e autoestima. Sempre poderá aparecer um “engraçadinho” para perguntar se você não conhece alisamento, progressiva, escova marroquina, egípcia, russa ... Eu conheço várias técnicas, mas hoje e com essa vasta cabeleira que eu quero ficar.
E se eu passar pela rua e alguém rir da minha cabelaça? Não tem problema. A identidade é adquirida com formação, conhecimento, amor próprio e, sobretudo respeito. Mudei! Eu também queria que o mundo mudasse. Que as pessoas se respeitassem e que o amor próprio e o amor ao próximo fossem multiplicados. Desejo de que o respeito fosse multiplicado em cada esquina. Desejo que a diversidade fosse respeitada a partir do lar de cada um.
E o vento da madrugada passa e brinca com os meus cachos. Sensação de liberdade. Sensação de que não é preciso seguir padrões para ser feliz.
A sociedade “democrática” continua e continuará ditando regras para a beleza e para a felicidade, mas a “felicidade é só questão de ser”. Então seja feliz a sua maneira. Sou negra, dona de uma vasta cabeleira e sou feliz. Os adjetivos dolorosos sempre existirão, mas cada um e responsável pela mudança do seu universo. Não se abata com palavras negativas. Assuma o visual que te dê prazer e vá ser feliz. Solte seus cachos porque “ em terra de chapinha, quem tem cacho é rainha”


Suerlange Ferraz

quinta-feira, 22 de maio de 2014

As lembranças...










O vento que balança os galhos das árvores durante a madrugada é o mesmo que traz a minha mente as recordações que afloram os sentimentos.
Hoje é como se eu tivesse recebido uma caixa com muitas recordações. Ao abri-la, fui olhando cada imagem, lendo e relendo cada palavra recheada de ternura. Uma sensação de arrependimento por não ter lançado-me inteiramente na descoberta de outros caminhos.
Quando um caminho é ocupado por alguém, é preciso arrisca-se na busca de novas rotas. E se não der certo? Não tem problema! O importante é não parar. O importante é seguir, mesmo que o coração esteja em frangalhos, mesmo que sua força ou fé estejam no limite, mesmo que ninguém acredite em você, siga. Siga em frente! Invente –se!
As lembranças chegam e apossam do nosso ser. Lembranças que corroem o coração fazem com que a memória trabalhe a todo vapor e os olhos não brilham por felicidade, eles silenciam.
Recordar é viver? Acredito que sim. A vida poderá durar uns cem anos, mas as recordações no acompanharam para sempre. Recordações que servem para descobrirmos os resquícios que o tempo deixou em nós.
Talvez a lembrança dos amores não concretizados sejam os mais dolorosos de serem lembrando. Sempre ficará uma interrogação, um porque e uma dorzinha que o tempo ameniza, mas não é capaz de neutralizar. O amor puro nunca será esquecido. Sempre aparecerá o vento para espalhar os sentimentos e trazer as alegrias ou magoas aos dias. As lembranças e o frio, uma combinação nostálgica e reflexiva. O frio tem o poder de mexer com as emoções, transformam as os dias em refúgios para os amantes.

As lembranças chegam sem pedir licença, ficam e bagunçam as emoções. Nessa noite fria de maio é impossível não recordar das tantas vezes que o desfazer foram versos no papel, o desejo era ter asas e ser seu anjo bom e protetor. Desejos de uma sonhadora impulsionada pela descoberta de uma rota, a rota amorosa, mas invadida e habitada por inimigos que tinham uma força maior do que uma sonhadora.
Quero que um jardim floresça em mim e que eu seja responsável pela transformação das minhas futuras lembranças. Que a rota amorosa que um dia foi descoberta e posteriormente invadida possa incentivar-me a desbravar outros caminhos. Caminhos dignos de amor, ternura e beleza.
Que as próximas lembranças tenham um gostinho de felicidade e que as baixas temperaturas fiquem somente lá fora e não dentro de mim.

Suerlange Ferraz

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Um amor que cruzou os continentes



Aos amigos Caspary


O amor chega sem pedir licença, sem avisos ou recomendações, quietinho ou avassalador... Ele chega e fica. Chegou virtualmente e na hora que Deus quis. Veio e criou raiz.
O amor cruza a rua, alegra os olhos e penetra na alma; deixa as pessoas em estado leve e transbordando felicidade. O amor atravessa a tela de um computador em formas de palavras que descrevem o que o coração sente.
Quem ama faz com que os corações fiquem juntos, mesmo que os corpos estejam a quilômetros e quilômetros de distância. Quem ama, chora pelo tempo em que fica longe do seu amado, mas, guarda o mais belo sorriso para quando a noite chegar e o seu amado, encontrar.
Quem ama e é amado consegue suportar os sacrifícios da distância, dos medos e dos desafios. Um coração no Brasil e o outro na Alemanha. Dois corações separados pela distancia, mas, unidos pelo sentimento que é capaz de resistir aos dias angustiantes da espera.
Infinitos minutos, meses, verão, inverno, idas e vindas... Idas dele e vindas dela. E o tempo para quem espera foi doloroso. Mas as travessias, os dias vencidos, os meses findados, a saudade transformada em amor que fica, as músicas que embalavam os sonhos e o entusiasmo dos amigos que acompanharam essa história, foram testemunhas de que a felicidade veio para quem acredita em seus sonhos, para quem sabe ser e faz a diferença, para quem não foge dos planos do Criador.
Quando o amor chega, a vida é uma eterna primavera, os sonhos florescem, a alma alegra-se e o coração torna-se um jardim lindo e perfumado. Relatos de amor, faz um bem danado ao interior que quem acredita que o amor chega de manzinho em forma de brisa, acalentando o coração e dando brilho aos olhos.
A espera acabou e os dois corações separados por continentes, hoje estão unidos. Um amor que superou a distância e o desconhecido. O amor que chegou bem devagarzinho e hoje já é um jardim perfumado, com raízes fixas e lindo como o florido da primavera. Um amor que cruzou os continentes. Um amor que superou a espera. Um amor que chegou sem aviso e ficou. Felicidades!
O amor chega sem pedir licença, sem avisos ou recomendações, quietinho ou avassalador... Ele chega e fica. Chegou virtualmente e na hora que Deus quis. Veio e criou raiz. O amor cruza a rua, alegra os olhos e penetra na alma; deixa as pessoas em estado leve e transbordando felicidade. O amor atravessa a tela de um computador em formas de palavras que descrevem o que o coração sente. Quem ama faz com que os corações fiquem juntos, mesmo que os corpos estejam a quilômetros e quilômetros de distância. Quem ama, chora pelo tempo em que fica longe do seu amado, mas, guarda o mais belo sorriso para quando a noite chegar e o seu amado, encontrar. Quem ama e é amado consegue suportar os sacrifícios da distância, dos medos e dos desafios. Um coração no Brasil e o outro na Alemanha. Dois corações separados pela distancia, mas, unidos pelo sentimento que é capaz de resistir aos dias angustiantes da espera. Infinitos minutos, meses, verão, inverno, idas e vindas... Idas dele e vindas dela. E o tempo para quem espera foi doloroso. Mas as travessias, os dias vencidos, os meses findados, a saudade transformada em amor que fica, as músicas que embalavam os sonhos e o entusiasmo dos amigos que acompanharam essa história, foram testemunhas de que a felicidade veio para quem acredita em seus sonhos, para quem sabe ser e faz a diferença, para quem não foge dos planos do Criador. Quando o amor chega, a vida é uma eterna primavera, os sonhos florescem, a alma alegra-se e o coração torna-se um jardim lindo e perfumado. Relatos de amor, faz um bem danado ao interior que quem acredita que o amor chega de mansinho em forma de brisa, acalentando o coração e dando brilho aos olhos. A espera acabou e os dois corações separados por continentes, hoje estão unidos. Um amor que superou a distância e o desconhecido. O amor que chegou bem devagarzinho e hoje já é um jardim perfumado, com raízes fixas e lindo como o florido da primavera. Um amor que cruzou os continentes. Um amor que superou a espera. Um amor que chegou sem aviso e ficou.



Su Ferraz

sábado, 12 de abril de 2014


Valores da contemporaneidade


Analisando algumas postagens na rede social, ou melhor, a polêmica envolvendo um professor de filosofia que elaborou uma avaliação usando uma música da cantora Walesca Popozuda, pude perceber que muitos condenavam a atitude do professor em chamar a cantora de pensadora contemporânea, já outros, defendiam o professor, e uma das justificativas para a defesa era que se Chico Buarque ou outro cantor da MPB cantasse “beijinho no ombro” não apareceriam críticas e eles seriam rotulados de grandes pensadores.
Segundo o professor, ele só queria causar polêmica e conseguiu alcançar a sua meta. Muitos debates foram travados em torno da questão da avaliação e da nova pensadora que surgiu depois de gravar funks que usam gírias, falam e exploram a sensualidade feminina. Considerar a funkeira como uma grande pensadora foi um “tapa na cara de muitos”, mas outros não viram nada demais na afirmação do professor.
Vivemos em uma sociedade que fica indignada com alguns rótulos, mas não se indigna com a precariedade em que o país se encontra. Um dia desses, elaborei uma avaliação e pedi para os alunos falarem um pouco dos problemas encontrados no setor educacional. E eles souberam explicar? Não! Eles não conseguiram refletir sobre a realidade em que vivem. Mas se eu pedisse para falar sobre o “lepo lepo” ou o “funk da ostentação”, a maioria saberia falar. Uma grande parcela dos estudantes fazem questão de “ostentar” o título de aluno, mas vai para escola conversar, se entreter com o celular e tantos vão para “medir” forças com o professor. E o professor o que faz? Tenta expor o assunto em meio a inúmeras vozes, gritos, gargalhadas, piadinhas e desinteresse. E chega o final da unidade, o aluno “leva bomba” e a culpa é de quem? Com certeza, muitos alunos irão responsabilizar o tal do professor pelo desempenho no decorrer da unidade. Mas a culpa é do “mestre”? Não! A culpa é de um sistema que existe e foi elaborado com a finalidade de lotar salas, aprovar em massa e destruir as cordas vocais de um professor. E por que poucos discutem a realidade da educação? Por que é mais interessante falar sobre a nova filosofa do que discutir a realidade do sistema educacional? A educação é um dos principais pilares da sociedade brasileira e precisa de socorro.
Eu não quero aprovar um aluno porque o sistema me pressiona, quero aprová-lo porque ele apresenta um bom desempenho. Quero acreditar nos governantes, que eles reflitam sobre o papel de um educador. Ei, governantes! Invistam no futuro do país.
E a saúde? Quantos morrem diariamente por falta de cuidados médicos? Diariamente é mostrado em jornais filas gingantescas pelos hospitais, mulheres parindo em calçadas ou dentro de ambulâncias, pessoas sendo desumanizados pelos corredores de hospitais. E até parece que ninguém vê o que está acontecendo. Acredito que os nossos amados representantes não sabem o que é a realidade de um hospital público, até porque quando adoecem, procuram os melhores tratamentos, que são financiados com o dinheiro do “povão”.
Atenção! Daqui a alguns meses, os tais representantes do povo vão aparecer em sua cidade para pedir um humilde voto. O tal do representante vai dar uns tapinhas em seu ombro, abraçar-lhes, passar a mão na cabeça de uma criança carente... e depois ele ganhará a sua confiança, o seu voto e a eleição, e as promessas ficarão e o descaso continua. E lá vai mais um rumo Brasília para tão bem nos representar.

Mas acredito que a saúde e a educação não são importantes para o país. O importante mesmo é sediar uma Copa do Mundo, reprimir os protestos e calar a boca dos que incomodam o país. Importante é construir vários campos ou arenas de futebol e se esquecerem de tantos que não tem o que comer no dia de hoje. Ah! Mas como disse um sábio ex-jogador de futebol: “não se faz copa com hospitais”, mas se fazem muitos hospitais com o dinheiro gasto com a Copa. A Copa é um evento importante? Sim! O que é preciso analisar é que a Copa passará muito rápido, mas os problemas no país continuarão.
O grande pensador baiano Edson Gomes sabiamente diz que “As pessoas se trancam em suas casas
Pois não há segurança nas vias públicas/ A gente precisa de um super-homem
Que faça mudança imediata”. Não se pode mais andar tranquilamente pelas praças porque o medo e os bandidos estão por todos os lados. As pessoas vivem trancadas em suas casas, falta a liberdade de ir e vir. Falta segurança, faltam penas mais severas para os que causam transtorno à sociedade, faltam investimentos para que existam programas que visem a resgatar o valor do ser humano.
Faltam tantas coisas na amada mãe gentil, Brasil! Falta honestidade, caráter e decência dos políticos. Faltam investimentos no ser humano. Que cada pessoa não represente somente um voto, mas que represente um povo que sonha por dias melhores. Invistam naqueles que são os responsáveis por formar cidadãos - os professores. Invistam na saúde e salvem vidas! Invistam no Brasil e tirem milhas de pessoas da linha da miséria, Invistam nos jovens e teremos milhares de pensadores contemporâneos.
Mas enquanto a ostentação falar mais alto, a novela for o principal assunto do dia e o surgimento de celebridades instantâneas que se tornam grandes pensadores for o assunto mais importante do mês, a sociedade continuará a ficar esquecida e abandonada. Enquanto existirem pessoas que pensam de forma reduzida, a sociedade vai ficar a mercê de uma educação quantitativa, saúde precária, fragilidade na segurança e ascensão de celebridades instantâneas ao cargo de filósofos.
E como sabiamente diz o grande pensador e deputado Tiririca “pior do que tá, não fica!”. O meu medo é que o pensamento do sábio seja equivocado, afinal, em uma sociedade em que se corrompe valores, tudo é possível acontecer.

Suerlange Ferraz

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Pingos de Sonho







Lili morava em pequenino vilarejo chamado Pingos de Sonho. O vilarejo era habitado por pessoas humildes e que nutriam a esperança em mudanças para aquele lugar. Lili e seus conterrâneos sempre lutaram contra a corrupção naquele vilarejo, mas em meio à pessoas de boas ações.
Entretanto, nem todos os moradores do vilarejo tinham boas intenções. O local também era marcado pelos desmandos do líder político da cidade, o coronel Lupito. O coronel e sua família estavam no poder há anos e trouxeram atraso para aquele lugar.
A maioria dos moradores de Pingos de Sonho eram analfabetos e carentes, e isso facilitava a compra de votos. O que fazia com que Lupito e sua trupe perdurassem tanto tempo no poder.
E nesse contexto, surge a pequena Lili. Uma jovem de família humilde que sofreu e batalhou para conquistar a aprovação em um vestibular e, depois de alguns anos, Lili, já graduada, volta para sua cidade. Ela queria revolucionar o lugarejo, queria que as pessoas acreditassem mais na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
Lili tornou-se um desafeto para Lupito e seus coligados. Por que os justos e idealizadores incomodam tanto? Talvez seja porque ficar diante da realidade possa ser doloroso. E a jovem promovia encontros com jovens para conscientizá-los de seus direitos. Ela questionava a situação decadente em que se encontravam algumas ruas daquele lugar. Também questionava a falta de recursos para a educação.
A moça que sonhava também tinha ideais concretos. Ela desejava que Pingos de Sonho fosse um lugar em que os moradores tivessem dignidade para viver. E como se adquire dignidade?Adquire-se com respeito e com a valorização da pessoa.
Lili não lutava sozinha. Ela tinha aliados que comungavam o mesmo desejo: “construir um lugar melhor”. Lutaram, lutaram ... e lutaram, mas não se faz revolução com três ou quatro. A revolução tem que nascer do desejo da maioria. Quando se luta sozinho pelo desejo da maioria, o grito pela igualdade fica abafado, mas quando todos lutam em prol de um objetivo, o coro cresce e a voz ecoa por diversos cantos.
A luta é válida e os sonhos não devem ser esquecidos. Lili segue com sua batalha por um lugar em que o sonhar torne-se realidade. Ela segue marchando e lutando para que Pingos de Sonho não continue sendo um palco de desmandos de um grupo que desvalorize o bem e o povo.
Que surjam mais Lilis. E que elas tenham a ternura e a coragem de lutar. E que quando elas alcançarem seus objetivos, não se esqueçam do caminho que trilharam e nem do que pregaram para conseguir a tão desejada vitória.


Su Ferraz

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Revolucione!






No vai e vem dos dias, Na transformação da vida, surge Joaquina.
Menina romântica e revolucionária. Em cada caminho andado, ela ensinava que o amor também é uma forma um tanto poética para se rebelar.
Joaquina, espalhava com ternura, que em cada ruela, em cada lugarejo,em cada coração é necessário que haja respeito.
Mas o que é respeito, menina Joaquina? E ela com doçura respondia que respeito não é aceitar as diferenças. Respeito é tratar com generosidade, educação e humildade aquilo não é do seu agrado.
Joaquina não era lésbica, mas respeitava a diversidade. Ela também não assistia o BBB, mas preferia ler seu livro em silêncio ao invés de criticar quem assiste.
A menina Joaquina amava pregar a verdade, mesmo que ela não agrade a muitos. É melhor falar o que pensas ou omitir a verdade? Joaquina optou por falar as verdades do seu ser.
Joaquina, Luiza, João, Zezito ... jovens que vagueiam pelo mundo pregando o fim das intolerâncias e aclamando o surgimento de cidadãos mais éticos e comprometidos com a sociedade.

Revolucione com palavras bem colocadas. Pregue o amor!

Su Ferraz

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Perdas


É impossível descrever a alegria de uma pessoa quando conquista um amigo. Até porque um amigo é um irmão que Deus permite que escolhamos. Um amigo é aquele que não precisa estar presente (fisicamente) em nossa vida, não precisa ligar ou mandar mensagens constantemente.
Um amigo estará sempre ao seu lado, através de orações, lembranças... Estará sempre com você porque coisas valiosas são guardadas em lugares especiais.
É doloroso quando um amigo resolve trilhar um novo caminho, longe do que os seus olhos possam enxergar. Os dias ficam menos iluminados, o seu cotidiano perde uma peça, a reunião entre amigos já não será a mesma.
As despedidas costumam ser dolorosas. São dolorosas porque à distância separam o bem-querer, separam os risos, as confissões e a cumplicidade. Mas ela não consegue destruir os verdadeiros elos de amizade. A distância não tem o poder de devastar o amor que sentimos por um amigo. O que pode devastar uma amizade são palavras ditas de qualquer forma e que deixam enormes cicatrizes.
Certa vez, eu observava e ao mesmo sentia a dor de despedir definitivamente de alguém que se ama. Estava em um velório e começou a tocar uma música e eu não pude conter minhas lágrimas. A música dizia que a vida é um moinho e realmente é. Naquela tarde eu refletia sobre a perda de uma amizade. Uma amizade desfeita não pela distancia e nem pelo contato físico. Uma amizade que foi desfeita por palavras jogadas ao vento e que não voltam mais. A perda causa um vazio inexplicável.
O coração chora e as lágrimas não cessam. Perder alguém que amamos é sentir-se abandonado em meio à multidão. Perder um amigo é perder um pouco do tesouro que nos foi confiado.

Su Ferraz