sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Perdas


É impossível descrever a alegria de uma pessoa quando conquista um amigo. Até porque um amigo é um irmão que Deus permite que escolhamos. Um amigo é aquele que não precisa estar presente (fisicamente) em nossa vida, não precisa ligar ou mandar mensagens constantemente.
Um amigo estará sempre ao seu lado, através de orações, lembranças... Estará sempre com você porque coisas valiosas são guardadas em lugares especiais.
É doloroso quando um amigo resolve trilhar um novo caminho, longe do que os seus olhos possam enxergar. Os dias ficam menos iluminados, o seu cotidiano perde uma peça, a reunião entre amigos já não será a mesma.
As despedidas costumam ser dolorosas. São dolorosas porque à distância separam o bem-querer, separam os risos, as confissões e a cumplicidade. Mas ela não consegue destruir os verdadeiros elos de amizade. A distância não tem o poder de devastar o amor que sentimos por um amigo. O que pode devastar uma amizade são palavras ditas de qualquer forma e que deixam enormes cicatrizes.
Certa vez, eu observava e ao mesmo sentia a dor de despedir definitivamente de alguém que se ama. Estava em um velório e começou a tocar uma música e eu não pude conter minhas lágrimas. A música dizia que a vida é um moinho e realmente é. Naquela tarde eu refletia sobre a perda de uma amizade. Uma amizade desfeita não pela distancia e nem pelo contato físico. Uma amizade que foi desfeita por palavras jogadas ao vento e que não voltam mais. A perda causa um vazio inexplicável.
O coração chora e as lágrimas não cessam. Perder alguém que amamos é sentir-se abandonado em meio à multidão. Perder um amigo é perder um pouco do tesouro que nos foi confiado.

Su Ferraz

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