quinta-feira, 26 de maio de 2011

Nina, a ciclista


Todas as manhãs, Nina acorda torcendo para que o céu esteja todo azul e que o sol não esteja abusando do seu calor e nem do seu brilho. Logo que levanta da sua cama, ela vai até a janelinha do seu quarto, sempre fecha seus olhinhos antes de abri-la e ao ver aquele dia lindo, ela vibra de felicidade.
Em um passo de mágica, a mocinha se arruma e está pronta para sair pedalando. A menininha sai pelas ruas a pedalar. Sempre ouvindo música, soltando sorrisos, olhando tudo a sua volta, cultuando a natureza, Nina vai pedalando pelo seu mundinho.
Ela colore as ruas por onde passa com a sua graciosidade, deixa o local mais harmônico com as músicas que escuta. A cada pedalada, a mocinha tinha a sensação de estar desbravando seu mundinho. Nina é uma menina sonhadora, para ela, cada rua deveria possuir jardins para alegrar e perfumar a vida daqueles que passassem por aquele local.
Nina procurava o amor nas coisas singelas da vida. Chorava pouco e ria o suficiente. Era uma efusão de ternura e determinação. Não acreditava em qualquer tipo de amor, principalmente em amor provindo de um homem. Ela vivia feliz e não deixava de crer na felicidade.
Enquanto pedalava, ouvia música e viajava em sua imaginação. Via um mundo com outros olhos, um mundo [re] criado e [re] visto de cima de uma bicicleta. Todas as manhãs, ela acordava acreditando que o mundo poderá ser melhor e que o amor não se transforme em um sentimento banal, que o EU TE AMO possa ser puro e sincero, que as pessoas possam ser mais verdadeiras, que a vida tenha dosagens de sentimentos belos e fraternos.


Sú Ferraz

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