domingo, 6 de março de 2016

Cabelo RUIM? Não! Ruim é o preconceito


Avanço tecnológico, inclusão, cotas, o homem foi a Lua, descobriram que o planeta é azul, se passaram duas guerras mundiais, revoluções.... mas o preconceito racial continua. No decorrer desta semana, fui verificar um vídeo que uma jovem sem sensibilidade e de forma estúpida, ridicularizando o cabelo afro. Foi um dos vídeos que mais me entristeceu, porque eu sei e já senti na pele comentários maldosos sobre o meu tipo de cabelo.

Primeiro, não existe cabelo bom ou ruim. Existe diversidade de cabelos e, ter um cabelo crespo não me diferencia de ninguém. Tadinho do meu cabelo! Não prejudica ninguém e ainda leva fama de ruim.

Fico impressionada com as pessoas que perdem tempo falando do cabelo de alguém. Pessoas, o Brasil passa por uma crise, procurem ajudar alguém necessitado, não pratique "pequenos" atos de corrupção, indigne-se com perseguição política, ame e ame-se mais, seja do bem, evolua e espalhe ternura pelo caminho em que andares.

Não me importo com quem não acha meu cabelo bonito, não assumi meus cachos para agradar ninguém. Assumi porque era o que eu desejava há muito tempo. Os cachos me dão leveza e alegria, mas ele nunca foi ruim, ou contrário, ele é bonzinho, fofinho e adora uma revolução.

Preconceito não é mimimi ou coisa da cabeça do negro que quer ser uma eterna vítima do sistema capitalista. Racismo existe e está em todos os cantos do mundo. Ele causa sofrimento e muitos dos que sofrem com este mal, optam por não denunciar este crime. Quem sofre com qualquer forma de preconceito, precisa denunciar, mostrando que o negro não está neste mundo para ser vítima, somos agentes construtores desta sociedade, exigimos respeito.

Pais, ensinem aos seus filho que o mundo é composto por diferentes tipos de pessoas, sendo necessário respeitar o próximo. E se seu filho ou filha for negro, ensine-o amar sua cor e seu cabelo. Ensinem que é horrível rir ou menosprezar aqueles que achamos diferentes. Ensinem bons sentimentos. Professores, não permitam que uma criança sofra discriminação ou qualquer outra forma de preconceito dentro de uma sala de aula.

Não podemos ser solidários somente quando algum ator ou músico sofre preconceito. Marias, Julias, Lus, Anas ... Também sofrem algum tipo de preconceito e ninguém clama ou lança alguma modinha para defendê -las.

Os seres humanos necessitam com muita urgência adquirir mais sensibilidade e respeitar o próximo.

Indigne-se! Revolucione-se! Ame! Respeite! Denúncie!

Su Ferraz

Um comentário: